Película que se apoia no conhecimento actual da Física de Partículas e da Astrofísica para abordar, de forma bastante séria e pragmática, a questão da viagem no que consensualmente chamamos tempo.
Realmente o passar do tempo não é mais do que uma vivência subjectiva na qual somos submetidos quando, quotidianamente, experimentamos a noção, mais ao menos vivida, de uma escala que vai do muito depressa ao nunca mais ter fim, de acordo com factores endógenos e exógenos.
Ou tão aparente que a relação espaço-tempo, afinal, é pulverizada pela velocidade como, por exemplo, no caso da nave que chega até mesmo antes de partir.
Ou ainda criando a ilusória percepção de que as nossas experiências só podem ser sequenciadas de trás para a frente. Porém, isso só está a acontecer como mero resultado, ao que tudo parece indicar, do Big Bang o qual, na origem deste Universo, ainda permanece em fase de expansão de “massa e tempo”. Contudo, lá chegará à de retracção, ao inverso, e então, obviamente, as experiências serão de frente para trás, vistas numa perspectiva em que nos coloca este presente.
Neste filme os seus actores ensaiam uma interacção que resulta das várias fatias desse “tempo”, de forma a alterar uma acção à montante e a consequente reacção a jusante.
Há um senão: a história das suas personagens está pontificada, aqui e acolá, por explosões e tiros, pois no seu enredo ocorre um atentado terrorista.
Para aqueles que já deslumbram que a “Realidade” não é de todo em todo essa dos cinco sentidos, nós pensamos que, entre perdas e ganhos, sairão com saldo positivo.